Visão do Assento da Esquerda (Left Seat)
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REF: Uma Perspectiva sobre Liderança e Cultura (Capt. Sully Sullenberg)
Como ter um Time de Especialistas e transformá-los em um Time de Especialistas
Hoje em dia, ter um time forte e eficiente na atividade de voo não é apenas desejável, mas sim uma necessidade. No entanto, ter um grupo de especialistas não é o mesmo que ter um Time de Especialistas. E qual é a diferença entre os dois? Um time de especialistas é a reunião de indivíduos que possuem habilidades especiais e autoconhecimento. Eles podem ou não ter a capacidade de se comunicar, colaborar e trabalhar efetiva e eficientemente para atingir objetivos específicos em comum. Transformá-los em um Time de Especialistas requer fornecer liderança, um senso de acompanhamento e formação de equipe indispensáveis para facilitar a comunicação, o senso de colaboração, a tomada de decisão e a execução que, juntos, geram melhor desempenho, criam um consenso de responsabilidade e, consequentemente, criam um ambiente mais seguro.
Na indústria atual da aviação, com os movimentos de fusão e aquisição, é comum termos empresas com um número expressivo de tripulantes, o que significa que muitos deles irão interagir pela primeira vez em um cockpit sem terem atuado juntos antes, sendo indivíduos na maioria das vezes com identidades e costumes diferentes, e que deverão interagir de forma eficiente durante uma etapa de voo que poderá ser curta ou longa, mas que trará todos os desafios de interação do humano com uma máquina complexa, necessitando ter um desempenho eficiente e seguro.
Ao longo do tempo, nós, os mais antigos, aprendemos observando aqueles pilotos que possuíam além das habilidades técnicas, a habilidade de lidar com os demais à sua volta, criando um ambiente de cabine com respeito mútuo através de um modelo que reunia um conjunto de ações como:
Ter um grupo de especialistas não é o mesmo que ter um Expert Time.
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- Como interagiam com seus tripulantes do voo formando verdadeiras equipes, através da capacidade de ouvir e transmitir suas posições;
- Descobrir as ameaças e erros ao longo do voo;
- Gerenciar bem a carga de trabalho e evitar distrações naturais;
- Tomar decisões e comunicar bem o plano de ação;
- Manter elevado padrão profissional, monitorando a performance da aeronave e da tripulação.
Hoje podemos dizer que evoluímos nesse sentido quando nos reunimos pela primeira vez com nossa tripulação para o briefing inicial. Apesar de termos poucos minutos para irmos além das apresentações pessoais e discussão dos detalhes do voo, este é o tempo mais importante para construirmos um verdadeiro espírito de TIME. A ideia será sempre construirmos um ambiente e uma cultura que harmonize os requisitos de performance operacional, aprendizado constante e responsabilidade para desempenharmos da melhor maneira possível. Para tanto, podemos:
- Flexibilizar a hierarquia para um nível mais apropriado, propiciando a participação de todos, até os mais novos;
- Abrir um canal de comunicação aberto;
- Estabelecer o papel, as responsabilidades e expectativas de cada membro da tripulação;
- Construir um clima de confiança;
- Definir objetivos claros e alinhá-los com todos.
Todos temos que ser participativos neste esforço comum. Isto requer dedicação, perseverança e entendimento não só do “O que” e “Como”, mas principalmente do “Por quê”, sabendo que a maior razão de fazermos isso é porque nossos passageiros merecem, nossos colegas esperam isso de nós e nossa profissão requer um alto padrão de profissionalismo e SEGURANÇA.
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